Sudene cria projeto para incentivar a exploração, plantio e cultivo de palma forrageira no nordeste brasileiro
Visando o desenvolvimento social e econômico da região semiárida brasileira, a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), criou a Rede Palma. O projeto é voltado para incentivar a exploração, plantio e cultivo da palma forrageira na área de atuação da autarquia.
Resistente a altas temperaturas a palma forrageira tem propriedades especiais e isso a tornou importante para a superintendência. A Rede Palma tem o objetivo de fomentar o diálogo e a articulação entre instituições de desenvolvimento regional, pesquisadores e membros da iniciativa privada para analisar cenários, propor ações e consolidar as potencialidades da palma.
“A palma tem alto teor de água em sua composição, são cerca de 90%, isso economiza água. Além disso, a palma é mais barata do que o milho podendo reduzir o custo em até 70%”
Segundo Aildo Sabino, engenheiro agrônomo da Sudene, os técnicos da autarquia iniciaram um estudo sobre a planta e perceberam que ela pode ser uma alternativa de combate a seca no nordeste brasileiro, “boa parte da área de atuação da Sudene, sofre com a baixa pluviosidade e nós como autarquia vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Regional do Governo Federal, precisamos achar caminhos para desenvolver nossa região. A palma tem alto teor de água em sua composição, são cerca de 90%, isso economiza água principalmente na alimentação do gado. Além disso, a palma é mais barata do que o milho podendo reduzir o custo em até 70%”.
“ Por muito tempo ela foi alternativa de alimentação humana, principalmente nos períodos de seca e isso não é vergonha a ninguém”
Ainda de acordo com Sabino, existe um grande preconceito em relação a forrageira, que por muito tempo foi vista como sinônimo de pobreza e isso a torna pouco explorada, “precisamos antes de tudo combater o preconceito cultural que existe contra a palma. Por muito tempo ela foi alternativa de alimentação humana, principalmente nos períodos de seca e isso não é vergonha a ninguém. Os mexicanos comem palma no café da manhã e aqui no Brasil ela ainda é vista como artigo de decoração. Hoje grandes empresas exploram a palma para utilizar seu óleo. A Loccitane (marca de cosméticos) tem uma linha inteira produzida com óleo de palma, e isso é vendido com um valor muito acima do que foi gasto em toda linha de produção”.
De origem mexicana, a palma forrageira chegou ao Brasil em meados de 1817, no período colonial, pelos Europeus como um artigo decorativo. Atualmente estima - se que existem cerca de 100 mil hectares de plantação de palma forrageira no Brasil, os dados são do último senso Agropecuário do IBGE, realizado no ano de 2017 em parceria com a Rede Palma.
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